A continuação da história apresentada há uns dias:
“What a beautifull world so fragile and
fertile, pain filled the void when boy met girl.”
- “Paradise” Eydea
Eles
Os seus mundos colidiram após vários
encontros fugazes... Ele na sua vontade de
ser mais sendo-se menos, ela confiando na
aparente bondade dos olhos dele... Ambos
desajeitados tratavam-se na palma das
mãos, e de palma para palma transferiam
tanto, como quando se olhavam nos
olhos, ele sentia-se como se conseguisse
ser mais nela. Finalmente alguém grande,
finalmente alguém além de si... A cor dela
pintava-se com força por dentro dele em
pinceladas espessas como num quadro de
Van Gogh. Tão antagónicos, tão receosos,
e apesar disso tão felizes naquele fim de
ano... Ahhh aquele nervoso miudinho do
início de relação, aquele cheirinho entre o
medo da entrega e a vontade de se serem,
a inocência da ilusão, a ténue linha entre a
não pressão e a vontade de estarem
juntos...
Nasciam-se todas as noites naquele riso
cúmplice de quem diz, “eu sei-te aí, e sei
que queres aqui estar”. Viviam-se num
constante agradecimento, gostavam-se
longe de dependências e tragédias
hiperbolizadas como todos os casais se
vivem nos primeiros meses.
Sem medo de se viverem, numa
experiência que fazia ambos sorrir mais e
sentirem-se melhor.
________________________
A ouvir:
"Paradise"
Eydea & Abilities
álbum: E&A