sábado, 25 de julho de 2009

Paradise

A continuação da história apresentada há uns dias:


“What a beautifull world so fragile and

fertile, pain filled the void when boy met girl.”

- “Paradise” Eydea


Eles


Os seus mundos colidiram após vários

encontros fugazes... Ele na sua vontade de

ser mais sendo-se menos, ela confiando na

aparente bondade dos olhos dele... Ambos

desajeitados tratavam-se na palma das

mãos, e de palma para palma transferiam

tanto, como quando se olhavam nos

olhos, ele sentia-se como se conseguisse

ser mais nela. Finalmente alguém grande,

finalmente alguém além de si... A cor dela

pintava-se com força por dentro dele em

pinceladas espessas como num quadro de

Van Gogh. Tão antagónicos, tão receosos,

e apesar disso tão felizes naquele fim de

ano... Ahhh aquele nervoso miudinho do

início de relação, aquele cheirinho entre o

medo da entrega e a vontade de se serem,

a inocência da ilusão, a ténue linha entre a

não pressão e a vontade de estarem

juntos...

Nasciam-se todas as noites naquele riso

cúmplice de quem diz, “eu sei-te aí, e sei

que queres aqui estar”. Viviam-se num

constante agradecimento, gostavam-se

longe de dependências e tragédias

hiperbolizadas como todos os casais se

vivem nos primeiros meses.

Sem medo de se viverem, numa

experiência que fazia ambos sorrir mais e

sentirem-se melhor.


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A ouvir:


"Paradise"


Eydea & Abilities


álbum: E&A


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